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Anvisa registra 91 alimentos funcionais em 2013

A categoria de alimentos funcionais contou com 91 novos registros no ano passado na Anvisa, contra os 178 registrados entre 2011 e 2012. Hoje, o número total de produtos aprovados chega a 734, principalmente nos segmentos “alegações de propriedades funcionais ou de saúde” e “substâncias bioativas e probióticos com alegações de propriedades funcionais ou de saúde”. “O Brasil tem a quinta maior taxa de crescimento mundial no segmento”, diz Ana Paula Teixeira, responsável pela Vitafoods, feira especializada neste mercado que terá sua terceira edição em abril, em São Paulo.

Segundo a executiva, dados da Euromonitor indicam que o país movimenta US$ 10 bilhões com as vendas do setor, cujo crescimento até 2017 deve alcançar 19%. Para Elzo Velani, vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde (Abifisa), que reúne 32 associadas, o tamanho pode ser ainda maior caso sejam agregados todos os segmentos além dos alimentos ou medicamentos convencionais, incluindo os alimentos funcionais, naturais, orgânicos, diet ou light. “Somando tudo, o mercado nacional chega a R$ 20 bilhões, com crescimento entre 10% e 12% ao ano”, avalia o dirigente, sócio do laboratório Bionatus, fabricante de medicamentos fitoterápicos, alimentos naturais e produtos à base de mel e derivados, com 90 produtos no portfólio e produção anual de 3 milhões de unidades.

O mercado seria ainda maior, diz Elzo, caso superasse desafios como as limitações impostas pela Anvisa em relação a alegações de benefícios dos produtos, a demora no prazo de registro, a falta de ensaios clínicos para avançar na aplicabilidade dos produtos e a dificuldade de pesquisar novas substâncias oriundas da flora brasileira. “É a maior diversidade do planeta, com seis biomas, mas o estudo do patrimônio genético esbarra em fatores como repartição de benefícios com comunidades indígenas”, afirma.

Segundo Elzo, o Brasil está alinhado com as principais tendências mundiais do setor, como o uso do café verde, rico em ácido clorogênico e colaborador do controle de peso, das linhas de probióticos e prebióticos, microorganismos vivos que ajudam no equilíbrio da flora intestinal, e de produtos como a quitosana, pródiga em polissacarídeo desacetilado – mais um apoio na captação das células de gordura -, além dos tradicionais chicória, alho, cebola, alcachofra, soja.

Fonte: Abifisa

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