A meta do governo é que, até 2015, cerca de 120 mil agricultores familiares e assentados da reforma agraria recebam em suas propriedades profissionais que prestam Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), com foco na produção de alimentos orgânicos.
A iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) está prevista no Plano Safra da Agricultura Familiar 2014/2015 e tem o objetivo de agregar inovação tecnológica e estimular a adoção de boas práticas no campo à produtividade de alimentos orgânicos e a renda da família.
Segundo o engenheiro agrônomo e extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), no Rio Grande do Sul, André Müller, a ação envia técnicos para as propriedades rurais com o objetivo de orientá-los sobre planejamento e modernização de processos direcionados à agroecologia e à transição para o sistema de produção de alimentos orgânicos. “O primeiro passo é apresentar, para o produtor, os benefícios da produção orgânica. Depois, analisar se a cultura tem boa adaptação ao tipo de solo, verificar se a divisa com os vizinhos é segura e avaliar se a comunidade e a propriedade contam com recursos que podem ser mais bem aproveitados”, afirma.
Intervenções
Com o diagnóstico em mãos, os técnicos fazem visitas frequentes às propriedades familiares, com o objetivo de capacitar os agricultores.
“Nossa função é ajudar os trabalhadores rurais a começarem ou a diversificar o tipo de produção de forma segura. Durante todo o processo, existe uma troca de experiência e conhecimento entre o agricultor e o profissional”, observa André.
A agricultora familiar Marcia Inês Ferrari, 46 anos, atribui os êxitos alcançados em 11 anos de produção agroecológica à Assistência Técnica e Extensão Rural. Foi com o auxílio de profissionais extensionistas que ela transformou a pequena horta da família em fonte de renda e de saúde.
“Sem a ajuda dos técnicos, eu não saberia nem por onde começar. Além de avaliar o solo e nos orientar sobre o modo correto de cultivar os os alimentos orgânicos, eles nos ajudaram a articular formas de comercializá-los – seja em mercados, feiras ou por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).”
Fonte: Portal Brasil