Estima-se que o mercado de orgânicos supere US$ 40 bilhões por ano.
Brasil é forte na produção orgânica de açúcar, soja, café e óleos.
Comer mais saudável é um dos desejos mais encontrados nas listas de fim de ano de muitas pessoas. Uns cortam o chocolate, outros frituras, refrigerantes etc. Tudo isso segue aliado ao consumo maior de frutas, legumes e verduras, assim recomendam os nutricionistas. Mas e quando estes alimentos são cultivados com agrotóxicos que também podem, em longo prazo, fazer mal à saúde?
O crescimento do interesse popular e o aumento no consumo impulsionaram a produção de produtos orgânicos no país, ou seja, cultivados com isenção de agrotóxicos. O Brasil é forte na produção orgânica de açúcar, soja, café, óleos, amêndoas, mel e frutas. Estima-se que o mercado de orgânicos no mundo supere 40 bilhões de dólares por ano.
Por conta desta expansão, o Ministério da Agricultura pediu às certificadoras dados para criar um banco de produtores no país. Por enquanto, os números são desconhecidos até que estas estatísticas sejam avaliadas. Mas segundo o Instituto Biodinâmico (IBD), responsável por certificações no país, é possível que o Brasil já tenha quase 1 milhão de hectares em produção orgânica. Destes, 95% são produtores de pequeno e médio porte, exceto o açúcar, que é fabricado apenas por usinas.
No mundo, faturam-se U$ 50 bilhões com produtos orgânicos. No Brasil, somente U$ 150 milhões. As estatísticas apontam que há mais de 1.380.000 produtores orgânicos no planeta. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) estima que o Brasil possua mais de 50 mil agricultores que não praticam a agricultura convencional.
O Brasil é considerado pelos principais importadores de orgânicos – EUA, União Européia e Japão – como o país de maior potencial de produção orgânica para exportação: cerca de 60% da produção orgânica brasileira vai para fora do país. Outros 30% dos orgânicos são vendidos no mercado brasileiro e o restante segue para consumo próprio.
As commodities (como açúcar, soja, café) são quase que totalmente exportadas e todas as frutas, verduras e legumes são vendidos aqui. Além disso, o Brasil tem o maior mercado consumidor de orgânicos da América do Sul e este mercado está em crescimento.
Nos últimos anos, a procura por alimentos orgânicos tem sido maior que a capacidade de produção, o que eleva o preço desse tipo de alimento. A tendência é que os preços caiam com o aumento de pecuaristas e agricultores investindo neste tipo de produção.
Apesar de ter diminuído nos últimos anos, a diferença de preços entre produtos orgânicos e convencionais ainda pode ser percebida pelo consumidor. Nas prateleiras dos supermercados, o alimento livre de agrotóxicos, hormônios e adubos químicos pode custar até três vezes mais que os de produção tradicional.
Por: Natália Clementin
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Fonte: G1