Prima da noz, a macadâmia ajuda no combate ao colesterol e a doenças cardiovasculares
Considerada um tipo de noz, a macadâmia pode não ser tão famosa quanto outras oleaginosas, como a castanha-do-pará ou a própria noz tradicional das festas natalinas. Porém, em matéria de nutrientes e benefícios, não fica nada atrás.
Substância poderosa
Seu poder está na alta concentração do ácido graxo pal-mitoleico, também conhecido como ômega 7, que auxilia no metabolismo dos lipídeos (gorduras) e pode diminuir os níveis de coiesterol. Segundo pesquisa publicada no Journal of Nu-trition, pessoas que seguiram uma dieta balanceada com 42g de macadâmia, por cinco semanas, tiveram uma redução de 9,4% do coiesterol total e de 8,9% do coiesterol ruim (LDL).
O ômega 7 também reduz a taxa de açúcar no sangue, ajuda na quebra de gorduras que envolvem o fígado e o coração, e atua no controle da pressão sanguínea.
Inimiga dos radicais
“A macadâmia é rica em vitamina E, que tem função antioxidante extremamente importante, reduzindo o risco de lesões causadas pelos radicais livres nas células, como o envelhecimento precoce, câncer e doenças do coração”, explica a nutricionista Fernanda Granja.
Também é fonte de minerais, com destaque para o cálcio e o magnésio, importantes elementos para a formação e manutenção dos ossos e dentes.
Pele de bebê
Da macadâmia se extrai um óleo, que além de ser rico em ômega 7 e vitamina E, possui grande concentração do ácido graxo ômega 9 (ácido oleico), outro auxiliar na diminuição do coiesterol e no desenvolvimento humano.
Além disso, é usado pela indústria de cosméticos como uma opção para diminuir as marcas da idade, já que o ômega 7, também encontrado na secreção natural da pele de bebês, crianças e adolescentes, começa a diminuir em decorrência do envelhecimento.
Na cozinha
Essa semente, nativa da Austrália, é uma ótima opção para reinventar pratos, substituindo castanhas e amêndoas. Possui sabor mais intenso que outras nozes e pode ser consumida como aperitivo ou em saladas, risotos e doces, como cookies, muffins e sorvete.
Apesar de não possuir colesterol, é um alimento bem calórico, por isso, é sempre bom prestar atenção na quantidade ingerida.
Na hora da compra, se optar pelo produto industrializado, é importante ficar de olho no rótulo. “Sempre verifique a composição na embalagem, pois muitos produtos, para tornar as oleaginosas mais crocantes ou mais atraentes, acrescentam gordura vegetal, sal, açúcar, corantes e farinha de trigo”, recomenda a nutricionista Isabel Jereissati.
Saiba mais
Os principais produtores de macadâmia são a Austrália, Havaí e África do Sul. No Brasil, o plantio comercial começou apenas em 1970 e atualmente se concentra nos estados de São Paulo e Espírito Santo.